Subida do dólar
favorece a indústria
Recente disparada do
dólar assusta muita gente e a imprensa amplifica o medo.
Mas, também torna a
indústria nacional mais competitiva.
Primeiro, protege a indústria frente aos importados. Como se vê na tabela 1, supondo-se uma mercadoria importada por US$ 42,78, com o dólar a R$ 2,30 custa R$ R$ 98,39, enquanto com o dólar a US$ 3,10 passa a custar R$ 132,62, um aumento de 34,8%.
Primeiro, protege a indústria frente aos importados. Como se vê na tabela 1, supondo-se uma mercadoria importada por US$ 42,78, com o dólar a R$ 2,30 custa R$ R$ 98,39, enquanto com o dólar a US$ 3,10 passa a custar R$ 132,62, um aumento de 34,8%.
Tabela 1
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Importação
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Preço em R$
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Cotação dólar
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Preço em US$
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42,78
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2,30
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98,39
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42,78
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3,10
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132,62
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34,8%
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Mas, também
favorece as exportações, uma vez que um mesmo valor em reais,
convertidos a um dólar elevado, terão preço em dólar menor.
Na tabela 2, vê-se
que uma mercadoria que valha R$ 28,52, ao ser exportada com o dólar
a R$ 2,30 custa US$ 12,40 no mercado internacional, enquanto com o
dólar a R$ 3,1 passa a ser oferecida a US$ 9,20, valor 25,8% mais
barato. Este mesmo positivo se estende às exportações agrícolas.
Tabela 2
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Exportação
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Preço em R$
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Cotação dólar
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Preço em US$
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28,52
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2,30
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12,40
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28,52
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3,10
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9,20
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-25,8%
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Um dos principais
problemas estruturais da indústria brasileira é a excessiva
valorização de nossa moeda desde o Plano Real até há pouco.
Problema crônico apontado pelo professor Bresser Pereira e repetido
nos fóruns industriais do país.
Por outro lado, têm
razão os que dizem que a subida do dólar pode gerar efeitos
inflacionários, pois torna mais caros os insumos importados. É o caso do
trigo, grande parte oriundo de fora, encarece pães, massas e
derivados. O mesmo vale para certos componentes. Mas, esse efeito tende a ser transitório, com o dólar se
estabilizando em certo patamar cessam os aumentos. Enquanto a
retomada do processo de industrialização tem alcance de longo prazo e produz efeito multiplicador,
gerando empregos, rendas, pedidos a fornecedores, logística, etc. Ao tornar a indústria nacional competitiva, tende a levar a preços
menores no longo prazo. Em conjunto, é fator favorável à soberania nacional.
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